Mérida leva para Federação mais duas lideranças de Campos
O evento aconteceu na ALERJ E teve a Plenária lotada com a presença de autoridades estaduais e municipais, representantes de CDLs , entidades do comércio e empresários de todo Estado do Rio.
06/02/2015 19h21
Com a posse de Marcelo Mérida na presidência da Federação dos Lojistas do Estado do Rio de Janeiro, ocorrida na noite da última segunda-feira, no Plenário na Assembleia Legislativa no Rio, o presidente da CDL de Campos, Norival Pessanha e o empresário Joilson Barcelos também assumiram cargos de direção da entidade que representa a classe dos lojistas do Estado.
Com isso aumenta o cacife de Campos no universo lojista do estado, tendo a presidência da Federação e dois diretores, acrescentando que ao mesmo tempo Marcelo Mérida assume automaticamente o cargo de vice-Presidência da Confederação das CDLs do Brasil com sede em Brasília.
A posse de Marcelo Mérida lotou o plenário do Palácio Tiradentes em sessão presidida pelo 1º vice-Presidente do legislativo estadual, deputado Edson Albertassi. O deputado estadual Roberto Henriques e o deputado federal Paulo César Feijó também participaram da mesa, assim como o presidente da Confederação Nacional das CDLs Francisco Honório Pinheiro Alves, o presidente da Federação que se despedia do mandato, Jair Gomes e o representante do vice-governador Francisco Dornelles, Nilo Sérgio, Secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro.
Todos fizeram uso da palavra e na ocasião, logo após a posse, o já estão ex-presidente da Federação, Jair Gomes, foi homenageado pela ALERJ com o titulo de Cidadão Fluminense e também a Medalha Tiradentes. Nos discursos Paulo Feijó destacou a liderança de Mérida no cenário do comércio de varejo, mesma observação feira pelo deputado estadual Roberto Henriques.
Em um discurso forte, o presidente da Confederação dos Lojistas, Francisco Honório Pinheiro Alves, destacou a importância do Rio de Janeiro no cenário do varejo e acrescentou que Marcelo Mérida será um grande parceiro na luta contra a escalada de tributos principalmente para a micro e pequenas empresas. Foi a primeira vez que uma posse de um presidente da Federação dos Lojistas aconteceu na Assembleia Legislativa, com a presença de vários outros deputados estaduais, vereadores de diversos municípios, presidentes de entidades correlatas como o Sindilojas do Rio, Associação Comercial do Rio e várias caravanas das CDLs de cidades do estado do Rio de Janeiro.
O secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, Nilo Sérgio, que representou o vice-governador Francisco Dornelles, disse em seu discurso que a entidade terá linha direta com o Palácio Guanabara para externas suas ideias.
- Venho aqui a pedido do governador Francisco Dornelles, para afirmar aos senhores que as relações entre a Federação dos Lojistas e o Palácio Guanabara, terão como interlocutor o doutor Francisco Dornelles como já havia sido acertado com o governador Luiz Fernando Pezão, em audiência concedida aos lojistas- disse o secretário. Em seu discurso Marcelo Mérida destacou o bom relacionamento com a Assembleia Legislativa na discussão das demandas sobre o setor- Se existe um bom lugar para começar esse lugar é essa Casa.Esperamos muito dela e de seus membros para continuarmos avançando, buscando soluções para problemas pontuais- disse.
Mérida destacou que o setor é o que mais gera empregos e tributos no Estado, mas que sofre com aplicativos fiscais equivocados e uma vasta burocracia, tanto a nível estadual quando federal. Foi um discurso com tom leve que a ocasião exigia, mas que tinha embutido fortes recados para os gestores públicos principalmente no que se refere aos temas fiscais e burocráticos.
INTEGRA DO DISCURSO DE MÉRIDA
Já não somos mais quem éramos e sim o quem nos tornamos.
Entramos para o movimento lojista ainda a beira dos 20 anos, e com o passar destes anos nos fizemos presente em diversas funções seja na Cdl campos, seja na nossa federação, o que nos proporcionou conhecermos melhor o nosso movimento e o sentimento que aflora em nossos companheiros, tive a oportunidade na condição de vice-presidente da Federação das CDLs do Estado do Rio de Janeiro, de aprender com o meu presidente Jair Gomes e por consequência estar aqui hoje.
Estamos começando hoje uma jornada, e o melhor lugar para começar é o lugar onde estamos, e não poderíamos estar em outro melhor.
Historicamente estamos sendo empossados em um prédio onde as paredes são revestidas de história, onde foram e são tomadas decisão que norteiam o futuro de nosso Estado. Então afirmamos sem medo de errar que estamos começando bem.
Bem porque nesta Casa nos últimos anos, com a intercessão de muitos deputados, conseguimos encurtar distâncias que pareciam longínquas e abrir canais que pareciam intransponíveis.
Discutimos nesta Casa em suas variadas Comissões assuntos de interesses da nossa categoria e outros de interesses difusos, e aquela distância longínqua se encolheu na medida do aperto de mãos entre homens de boa vontade.
Vamos certamente continuar circulando por essa Casa porque existe um longo caminho a percorrer.
Em nossa atividade , assim como na medicina, prescrição antes do diagnóstico é uma prática de risco.
O diagnostico nós já temos, mais a prescrição tem que ser feita a varias mãos, em um paciente que é um gigante mais que dependendo da dose tem a morrer. Estamos em uma casa de leis.
A lei é poderosa, porém, mais poderosa ainda é a necessidade. E temos mais que a necessidade, a obrigação de principalmente na área tributária, onde os números são difusos e confusos, alcançarmos um denominador comum.
Senhores Deputados, autoridades, representantes de entidades coirmãs, podem ter certeza que a Federação das CDLs quer discutir seus interesses dentro dos parâmetros da razoabilidade, adiantamos que nossa agenda tem em seu topo assuntos ligado a nossa sobrevivência, ou seja vital neste momento, o esgotamento da nossa capacidade contributiva.
O empresariado e em especial a micro e pequenas empresas, as maiores geradoras de empregos deste estado, não suportam mais.
Não existe taxa de desemprego para quem tem um. Assim como não existem bons indicadores econômicos para os desempregados. Então estamos defendendo os interesses de todos.
Temos problemas com as atuais leis estaduais, mas temos sido ouvidos e isso já é um avanço. Porém, a escolha entre dois males ainda é escolher o mal, e todos somos frutos de nossas escolhas.
Ainda temos muito, juntamente com essa Casa e o governo do estado a avançar, como por exemplo, na questão da ST. Essa é uma prioridade. Sabemos que o certo não é somente priorizar a agenda, mas agendar as prioridades que vão surgindo, e desta forma ilustro a nossa disposição em interagir e debater sempre observando a regra dos homens de bem.
Temos a percepção da importância do cargo que passamos a ocupar a partir desta noite. Um cargo importante é um lugar onde a pessoa pode pousar, mas não deve fazer seu ninho. Temos que dar asas às ideias e fazê-las decolar.
Estamos assumindo esse cargo em um ano que se desenha difícil economicamente. Mas aprendemos em nosso movimento que as coisas nunca são tão boas quanto esperamos, nem tão ruins quanto tememos.
O otimista pode errar, mas o pessimista já começa errando.
O pessimista vê dificuldades em cada oportunidade e o otimista vê oportunidades em cada dificuldade.
O otimista enxerga desafios em problemas, e o pessimista problemas em desafios.
Porém, o otimismo perpétuo é algo desesperador. É sinal que a pessoa não está prestando atenção e estamos atentos.
Técnicos não conseguem encontrar soluções porque muitos não conseguem ver o problema. Quem está sendo asfixiado aprende a dar valor ao ar. E estamos sufocados carregando nas costas uma carga tributária como se levássemos muito acima da nossa capacidade.
O horizonte não pode recuar na medida em que avançamos.
A preocupação é um lembrete que não deixa o que ainda não aconteceu sair da cabeça. O que está fora do alcance da vista perturba mais do que aquilo que pode ser visto.
Por isso queremos ver, discutir, opinar, influir.
Um pedaço de pão comido com calma é melhor do que um banquete comido com ansiedade.
Acreditamos nos compromissos assumidos pelo governador Luiz Fernando Pezão que nos recebeu antes mesmo desta posse em uma audiência no final do ano passado no Palácio Guanabara, quando ele próprio designou o ilustre vice-governdor Francisco Dornelles para ser nosso interlocutor junto ao governo do estado.
É uma honra temos um homem público do calibre de Francisco Dornelles que entende de economia como pouco neste país, já tendo inclusive sido ministro da Fazenda, além de uma larga experiência no Senado. Não podemos deixar também que agradecer os deputados que compõem esta Casa de Leis, que em suas várias comissões tem interagido com o movimento Lojista. Então temos certeza que teremos sempre abrigo nesta Casa e portas abertas no Palácio Guanabara quando estiver em jogo o interesse de quem produz e da população do estado do Rio de Janeiro que é múltiplo em suas riquezas e no brio do teu povo.
Para os meus pares, que representam cada município do Estado do Rio, reafirmamos a certeza de que estamos iniciando um novo caminho.
Se a pessoa achar uma estrada sem obstáculo certamente ela não o levará a lugar nenhum.
E a estrada está sempre em construção. Uma boa equipe de liderança toma um pouco mais de sua parte na culpa e um pouco menos de sua parte do crédito. É assim que vamos agir.
E se não houver frutos, valeu a beleza das flores, se não houver flores, valeu a sombra das folhas e se não houver folhas valeu a intenção da semente. Estamos plantando a nossa aqui hoje. E por fim deixar claro que luto por uma causa na qual acredito.
MEU MUITO OBRIGADO
