Itaú Unibanco prevê crédito ao consumidor 17% maior neste ano

Expectativa da instituição é que economia cresça 5,5% em 2010.


09/02/2010 00h00

O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, informou nesta terça-feira (9) que sua carteira de crédito voltada a consumidores (pessoa física) deverá crescer entre 16% e 17% neste ano, após avançar 10,4% em 2009 e chegar a R$ 102,84 bilhões.
 A projeção segue a expectativa do banco de um crescimento da economia brasileira da ordem de 5,5% em 2010, junto com uma expansão de crédito no sistema financeiro de 20%, afirmou o diretor-executivo de Controladoria da instituição financeira, Silvio de Carvalho, durante apresentação a jornalistas dos resultados do ano passado.
 
"O crescimento do Brasil permitirá a expansão de qualquer instituição financeira", sustentou o executivo do banco, que também espera um aperto da política monetária a partir de abril. Em seus cálculos, a taxa Selic (atualmente em 8,75% ao ano) deverá alcançar o patamar de 11% a 11,5% até o final do ano.
 No crédito para pequenas e médias empresas, o Itaú Unibanco espera uma expansão de aproximadamente 20% da carteira, que encerrou 2009 marcando alta de 20,4%, para R$ 60,99 bilhões.
 Entre os destaques das projeções para 2010, Carvalho detalhou que o crédito imobiliário do banco deverá avançar 40%, após subir 36,3% em 2009.
 No total, o Itaú Unibanco prevê um crescimento próximo de 20% no saldo dos empréstimos a seus clientes, mas o banco tira dessa previsão a carteira destinada a grandes empresas, segmento que teve baixa de 13,6% no ano passado. Isso porque as grandes empresas tendem a usar cada vez mais o mercado de capitais para captar recursos.
 Inadimplência
Segundo o executivo, a expansão do crédito, junto com o crescimento econômico, permitirá uma redução das taxas de inadimplência ao longo de 2010, embora ele tenha preferido não traçar projeções sobre até qual patamar os níveis de calote deverão ceder.
 Em dezembro passado, o índice dos atrasos superiores a 90 dias, tido como referência pelo mercado, ficou em 5,6%, ainda acima dos 3,9% registrados um ano antes.
 Carvalho afirmou que o banco está preparado para enfrentar um eventual ciclo de volatilidade da economia, após reforçar as provisões para crédito de difícil liquidação durante a crise financeira.

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