Brasil Ecodiesel divulga plano estratégico, focando em diversificação e fusões

Uma nova esperança para o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar


09/02/2010 00h00

A Brasil Ecodiesel (ECOD3) traçou seus planos para o futuro da companhia, buscando definir seu posicionamento no mercado de biosiesel. Para tanto, seus administradores tiveram em mente o cenário mais provável para o mercado do setor de biocombustíveis.
Nele, a principai característica é uma forte expansão da demanda mundial pelo biodiesel, incluindo aumento acentuado na demanda doméstica. Além disso, é previsto que o governo deverá implantar o mercado livre, fazendo com que os próprios produtores passem a concorrer diretamente na venda e disputa pelos clientes.
Na visão da companhia, no cenário futuro haverá também uma maior necessidade de integrar mais a cadeia de suprimentos, buscando alternativas de matérias-primas.As prospecções, antes de serem debatidas, foram traçadas a partir da elaboração de qual é a visão (o que se quer como futuro da empresa – período superior a 10 anos) e a missão da empresa (o que fazer para viabilizar esse futuro – de 5 a 10 anos).
Como visão, a Brasil Ecodiesel espera “ser a referência brasileira na eficiência produtiva e no desenvolvimento tecnológico agrícola e industrial de biocombustível.”Já quanto à sua missão, ela planeja “viabilizar econômica e tecnologicamente a substituição dos combustíveis fósseis por combustíveis renováveis, respeitando recursos e potencialidades regionais, a partir de conceitos de sustentabilidade para melhorar a qualidade de vida da sociedade.”
Para que tanto a missão como a visão sejam atingidas com êxito, os executivos traçaram algumas medidas nos âmbitos estratégicos, operacionais e de desinvestimentos.
As estratégia das companhia busca alternativas de matéria-prima – na qual a maior atenção será voltada ao grande potencial do pinhão manso; a busca de parcerias visando reduzir os impactos da sazonalidade da oferta e da volatilidade do preço do óleo de soja – atualmente a principal matéria-prima da companhia; sua reestruturação corporativa, concentrando-se na cidade de São Paulo.
Ainda no que diz respeito à estratégia, busca-se uma recomposição da imagem corporativa da Brasil Ecodiesel, para que ela possa “tornar-se referência, o que traria um valor extraordinário para a companhia e seus acionistas”; e a criação de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) industrial, como forma de “aprimorarmento” das tecnologias.
A Brasil Ecodiesel fala ainda em mapear as oportunidades de fusões e aquisições, já que a indústria de biodiesel deverá passar por um processo de consolidação. "A empresa buscará e aproveitará toda e qualquer oportunidade de fusão, aquisição e joint-venture que esteja associada a ganho de escala, incorporação de tecnologia, aumento do market share e maiores margens operacionais".
Entre as medidas operacionais está a realocação dos ativos das usinas de Floriano e Crateús para aumento da capacidade produtiva; viabilização das unidades esmagadorasde Iraquara e São Luiz Gonzafa; o cumprimento das normas do Selo Combustível Social; e a busca por financiamento de longo prazo.
Além disso, a empresa cita também o “projeto de melhoria da eficiência industrial”, aumentando sua vantagem ompetitiva – podendo utilizar-se de óleos mais ácidos e mais baratos.

As últimas medidas, de cunho de desinvestimentos, visam a venda de fazendas e ativos ociosos. Dentre as fazendas estão as localizadas no Piauí, Ceará e Minas Gerais. Por fim, a Brasil Ecodiesel pretende vender os equipamentos de sua esmagadora em Cratéus, descrita como "obsoleta" e "ociosa".


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