Professora de 61 anos a cursar o segundo ano de medicina em Campos

Uma lição de vida que virou exemplo para todo o país sendo alvo da média nacional


08/02/2010 00h00

Que Campos é um dos maiores pólos universitários do país, com mais de 30 mil alunos já não é novidade. Mas que na Faculdade de Medicina local uma senhora de 60 anos cursou no ano passado o primeiro ano de medicina, pouca gente sabia. Professora aposentada, Adiléa Lopes da Silveira é uma lição de vida que nos ensina. Ele está se preparando para cursar o segundo ano da faculdade.
Para a professora Adiléa Lopes da Silveira, começar a estudar medicina no inicio da terceira idade também parecia improvável, mas não impossível. Ela prova isso. Muitas pessoas da sua idade estão fazendo cursos superiores, mas notoriamente o curso de medicina é praticamente inviável quer pelo seu custo, a dedicação exclusiva entre outras questões.
Mas ela foi à luta. Passar no vestibular de uma das faculdades particulares de medicina mais disputada do país foi o primeiro desafio. Mas ela mergulhou fundo, e quando a façanha veio à tona, todo o país ficou sabendo, pois se trata de um exercício de superação raro.
No início deste ano, aos 59, entrou para a Faculdade de Medicina de Campos. Nascida em Silva Jardim, mãe de três filhos e divorciada, Adiléa mora atualmente em Macaé, mas passa a semana em Campos, em um quarto de pensão, para cursar Medicina em horário integral. Ela sempre sonhou ser médica, mas não obteve autorização do pai na juventude. Fez formação de professores e cursou as faculdades de Pedagogia e Biologia, mas nunca desistiu do sonho de ser médica. Ela vai se formar aos 65 anos e quer se especializar em oncologia pediátrica.
Ela foi personagem de matéria da Inter TV Planície e sua história atraiu a atenção da produção da novela Viver a Vida, da Globo. Adiléa foi ao Projac gravar um depoimento sobre superação, exibido no dia 31 de outubro. Neste mês de dezembro, foi uma das personagens de reportagem do Globo Repórter sobre superação, que exibiu Adiléa em sua rotina na FMC e com a família, em Macaé.
A história dessa valente mulher que já se espalhou por todo o Brasil daria, ou certamente dará um livro. Não está fazendo medicina por diletantismo, mas por uma vocação que a acompanha desde a juventude: o sonho de ser médica. Sonho adiado pelas adversidades da vida. Porém, nossa futura médica mostrou que a vida é mais forte que suas adversidades e que não existem sonhos impossíveis.


CERTIFICADO DIGITAL - RÁPIDO, FÁCIL E SEGURO É CDL!