Manifestação em Campos pelo impedimento foi acompanhada em telão na praça

Com coro de “Tchau, Querida!” e fogos de artifício, manifestantes em favor do impeachment de Dilma Roussef, na praça do Santíssimo Salvador, em Campos, comemoraram o “sim” na Câmara dos Deputados.


18/04/2016 14h50

Mais uma vez a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campos (CDL) participou da manifestação contra o governo Dilma, desta vez acompanhando a votação do impedimento no último domingo, (17/04) montando um telão na Praça São Salvador onde centenas de pessoas puderam acompanhar passo a passo, voto a voto, o desfecho de um dos momento mais difíceis da história do país. O presidente da CDL, Norival Manhães disse que a entidade aliada a outras, cumpriu o seu papel.

Com coro de “Tchau, Querida!” e fogos de artifício, manifestantes em favor do impeachment de Dilma Roussef, na praça do Santíssimo Salvador, em Campos, comemoraram o “sim” na Câmara dos Deputados. Enquanto isso, no Jardim do Liceu, onde manifestantes pró-Dilma se reuniram para acompanhar a votação, poucos militantes permaneceram até o momento da decisão. Em diversos estados brasileiros também houve manifestações de ambas as posições.

Os manifestantes favoráveis ao seguimento do impeachment ao Senado se reuniram na principal praça do município por volta das 14h desse domingo. Vestidos de verde e amarelo acompanharam a votação em um telão até a decisão e festejaram com bandeiras e cartazes. Ao fim da comemoração, entoaram o Hino Nacional. Segundo a Polícia Militar, no momento de maior concentração, o número de manifestantes chegou a 150.

De acordo com uma das representantes do Movimento Nova Consciência Política de Campos, Renata Juncá, em face do resultado favorável ao seu posicionamento, revelou que o sentimento após a aprovação do impeachment é de justiça. “O sentimento é de que a lei foi respeitada. O sentimento é de que o povo tem poder e que ele está sendo ouvido e respeitado. Agora a gente espera esse mesmo resultado no Senado. Agora começa uma nova luta, esse foi apenas um passo. E mesmo depois de aprovado o impeachment a gente tem que se conscientizar para os nossos votos nas eleições de 2018, para que a gente não venha a cair na mesma cilada. Procurar votar nas pessoas que realmente apresentam planos de governo e projetos que melhorem a vida dos brasileiros”, declarou.

No Jardim do Liceu, a manifestação contra o impeachment foi mais tímida e, segundo a PM, apenas 50 pessoas estiveram presentes nos momentos de maior concentração. Dentre os defensores do governo petista estiveram o presidente regional do Partido dos Trabalhistas (PT), André Oliveira, e diretor do Sindipetro, Sérgio Borges, e as representações regionais das Uniões da Juventude Socialista e de Rebelião que disseram não ao que consideraram golpe e pediram a preservação da democracia e dos direitos dos pobres.

André Oliveira afirmou que mesmo com o resultado desfavorável a luta continua. “Não vai ter golpe, vai ter luta. E quem conhece as origens dos partidos que são contra o processo de impeachment sabe que não aceitamos fácil um resultado adverso. Nós vamos lutar no Congresso, nós vamos lutar em todas as circunstâncias possíveis para que sejam respeitados os 54 milhões de votos que foram conferidos a nós nas últimas eleições”, completou.

Atos também foram registrados pelo Brasil

Pelo Brasil houve manifestações em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, entre outras capitais.

Em Brasília, foram montados dois campos de concentração na Esplanada dos Ministérios, e os manifestantes pró-impeachment, cerca de 50 mil pessoas segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, comemoraram o resultado da votação. Já o grupo dos apoiadores do governo Dilma Rousseff, que chegou a juntar 26 mil pessoas, segundo a polícia, se dispersava à medida em que o tempo passava. Alguns foram embora antes mesmo do resultado final da votação na Câmara.

Já no Rio de Janeiro, a orla da praia de Copacabana ficou em festa após a decisão. Os protestos contra e a favor do impeachment foram pacíficos. Entre 8h e 13h, manifestantes contra o impedimento se reuniram no Posto 3 e seguiram até o Posto 1, no Leme. A PM não divulgou estimativa de público. Já por volta das 14h, foi a vez do grupo favorável ao impeachment chegar a Copacabana para se manifestar. Três telões foram armados entre os postos 5 e 3, dividindo o público em três grupos. Na Lapa também houve ato contra o impeachment.

Em São Paulo, a avenida Paulista foi cenário da comemoração dos favoráveis pelo afastamento de Dilma. Segundo o Datafolha, o ato reuniu 250 mil pessoas.


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