Audiência pública discute Dia Livre de Impostos

A CDL Jovem promoveu nesta quinta-feira (27) o Dia Livre de Impostos em Campos. A ação é uma iniciativa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e tem o objetivo de conscientizar a população sobre o impacto da alta carga tributária do país na economia.


27/05/2021 18h05

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A Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes realizou, na tarde desta quinta-feira (27), uma audiência pública para discutir a implantação do Dia Livre de Impostos. Compuseram a Mesa o presidente do Legislativo, Fábio Ribeiro (PSD), o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Marcelo Mérida, o presidente da CDL Jovem, Ralph Pereira, e o presidente da CDL Campos, José Francisco.

Abrindo a audiência, Fábio Ribeiro ressaltou a importância do evento. “Quero deixar registrado aqui que a Câmara de Campos vai estar sempre ao lado de qualquer movimento que seja para o desenvolvimento”, afirmou.

Ralph Pereira agradeceu a presença dos vereadores e autoridades. “Como CDL Jovem, tivemos a nossa reativação no início de 2020. Antes de começar a pandemia, a gente formou nossa diretoria, com o objetivo de dar energia, trazendo novas ideias. A CDL Jovem existe no país inteiro”, explicou. Ele destacou a importância da classe empreendedora para o desenvolvimento da cidade e do país, ressaltando também o peso da carga tributária.

O diretor de capacitação da CDL Jovem, Tarcísio Viana, iniciou a apresentação sobre o Dia Livre de Impostos. “Hoje a gente está em 14º como o país que mais arrecada impostos no mundo e em último lugar em retorno disso para a população”, informou.

“Estamos fazendo em Campos o DLI, que é o Dia Livre de Impostos, onde a gente tem 300 lojas cadastradas. É o dia onde o comerciante está tratando o imposto como um desconto. Então, alguns comércios da cidade escolheram algum imposto para dar um desconto específico na sua mercadoria e mostrar para o consumidor o quanto ele paga de imposto”, explicou Tarcísio Viana.

De acordo com ele, a proposta é conscientizar o consumidor do quanto de imposto ele paga no dia a dia. “Esse movimento serve para a gente entender, como sociedade, que o imposto abusivo tende a frear o desenvolvimento econômico”, pontuou. O diretor comercial da CDL Jovem, Leonardo Rodrigues, mostrou alguns exemplos de valores de impostos cobrados sobre mercadorias.

Tarcísio Viana propôs à Câmara a criação de uma Frente Parlamentar Comercial para discutir a demanda e levar às esferas estadual e federal, com objetivo de cobrar a responsabilidade sobre uma reforma tributária. Já Ralph Pereira também propôs a criação do Dia Livre de Impostos, para que o assunto seja sempre debatido.

O Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Marcelo Mérida, disse que o movimento é muito simbólico. “Esse é um movimento importante que chama a população, o contribuinte, assim como as autoridades, a uma reflexão sobre onde estamos e onde queremos chegar. E se esse é o tamanho do país que queremos”, afirmou.

Marcelo Mérida destacou a proposta da Frente Parlamentar e do Dia Livre de Impostos como oportunidades para o diálogo com os poderes públicos. “É pertinente, sim, que os ambientes políticos deixem claro, em nível estadual e federal, que é necessário que a gente tenha condições de competir como Estado. Somos uma República, não deveríamos estar nos digladiando em questões tributárias”, ressaltou.

O presidente da CDL Campos, José Francisco, apontou que a proposta do DLI é também um movimento da CDL nacional, com adesão em muitos Estados. “Campos é a primeira vez que entra nesse movimento”, disse. Para ele, é preciso lutar para que o Governo Federal faça uma reforma tributária para o desenvolvimento.

O diretor da CDL Campos, Norival Manhães, parabenizou a CDL Jovem pelo projeto. “Isso serve para conscientizar a nossa população de quão importante é ela participar dos pleitos públicos, da sua conscientização do valor de que ela tira do seu bolso, do seu lar, para pagar impostos. Hoje, o tamanho da nossa carga tributária é uma discussão nacional”, explicou.

O economista e empresário Paulo Clébio afirmou que um trilhão de reais já foi arrecadado até agora no país, desde o início do ano. Exemplificando, ele explicou como funciona a tributação. “Quando a gente diz que uma empresa fatura R$100 mil por mês, R$35 mil é para os governos federal, estadual e municipal. Quando tira tudo, pagando impostos e funcionários, sobra apenas R$5.800 de lucro”, esclareceu. “Existem estratégias mais inteligentes para o setor público arrecadar mais sem criar mais tributação”, pontuou.


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