Para SPC Brasil, vendas do varejo em queda ainda não mudam tendência de recuperação para o segundo semestre

Dados do IBGE mostram recuo de 0,3% em julho, praticamente neutralizando a leve melhora do mês anterior.


13/09/2016 12h10

Para o presidente do SPC Brasil, perspectiva de recuperação do cenário de vendas pode ser mais lenta se novas quedas forem confirmadas nos próximos meses.

Dados divulgados nesta terça-feira (13/09) da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os dados das vendas do varejo ainda devem demorar a reagir aos primeiros sinais de melhora da confiança: após subir 0,3% em junho, o dado de julho recuou 0,3%, praticamente neutralizando o resultado positivo do mês anterior. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, os dados reforçam o cenário de que a economia entrou em uma fase de estabilização.

“Enquanto alguns dados já mostram a saída do pior momento da recessão econômica, com especial destaque para confiança e em menor medida a produção industrial, outros ficarão patinando em um patamar neutro até que sejam puxados pela volta do emprego e da renda. Este é o caso das vendas no varejo”, explica Pellizzaro.

Para o presidente do SPC Brasil, o resultado abaixo das expectativas nas vendas do varejo não muda a perspectiva otimista para este segundo semestre e para o próximo ano. “Nesta atual fase de estabilização da economia são esperados comportamentos erráticos de algumas variáveis, em especial daquelas que demoram mais a reagir. No entanto, se novas pioras forem confirmadas nos próximos meses isso poderá implicar em perspectiva de recuperação mais lenta do que esperado”.

No caso do comércio varejista ampliado, o recuo de julho foi de 0,5%, aprofundando a queda de 0,2% do mês anterior. Na variação anual, a queda era de 10,2% em maio, passou para 8,1% em junho e piorou novamente para 10,2% em julho. “Resultados ruins ainda são vistos nos itens ligados a crédito como veículos e material de construção, mas também de setores ligados a renda como tecidos, vestuário e calçados e livros e papelaria”, conclui Pellizzaro.


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