Fundos de pensões triplicaram seus orçamentos

Crescimento saltou nos últimos sete anos. A estimativa é de que existam meio trilhão em caixa, o que equivale a 17$ de todo Produto Interno Bruto do país


01/03/2010 00h00

Com quase meio trilhão em caixa e 17% do Produto Interno Bruto (PIB), os fundos de pensão se transformaram numa força poderosa (e polêmica) dentro da economia brasileira. Em sete anos, a carteira de investimentos da indústria, que inclui participações em algumas centenas de empresas, projetos de infraestrutura e títulos públicos, quase triplicou (186%), de R$ 168,5 bilhões, em 2002, para R$ 482 bilhões, em novembro do ano passado. Isso significou um crescimento médio de 25% ao ano.
Nesse período, sua participação no PIB subiu de 12% para 17% - e deve fechar 2010 em 18%. "Em dez anos, eles vão representar 40% da economia doméstica", projeta o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José de Souza Mendonça.
Por causa da baixa poupança interna, os fundos viraram - especialmente no governo Lula - uma das principais alavancas de desenvolvimento do País, consolidando a ideia de economia social. Como detêm um caixa bilionário de longo prazo, influenciam nas decisões de investimentos de setores estratégicos da economia interna, como energia, telecomunicações e mineração. Nos últimos anos, essas instituições estiveram envolvidas em grandes negociações, fusões e aquisições realizadas no mercado nacional.
Os primeiros passos rumo à expansão da indústria ocorreram durante o processo de privatização, protagonizado pelos fundos de pensão, especialmente os estatais. Passada essa fase, os fundos se acomodaram um pouco. Afinal, a elevada taxa básica de juros garantia o cumprimento das metas atuariais.


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