Até o vento vira energia na região

Parque de energia eólica de Gargaú é o primeiro em toda a região Sudeste do país


11/02/2010 00h00

A empresa Ecopart S.A. apresentou o Plano de Gestão Socioambiental do parque de energia eólica que está sendo instalado na praia de Gargaú, no município de São Francisco do Itabapoana. O empreendimento já tem licença do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) .Segundo o diretor de responsabilidade socioambiental da empresa, Ronaldo Cavalcanti,o Plano de Gestão será desenvolvido em várias etapas pela empresa Ecólogos, possibilitando,entre outras ações, a recomposição da área degradada respeitando a fauna e flora do local.

Esse tipo de empreendimento exige apenas o Relatório Ambiental Simplificado por ser de baixo impacto. Além disso, a empresa terá que cumprir uma exigência legal que prevê a destinação de um percentual de recursos financeiros para o desenvolvimento de projetos de compensação ambiental.

São Francisco de Itabapoana será a primeira cidade geradora de energia eólica da região.

Sudeste do país. O parque eólico terá capacidade de produzir 28,6 megawatts de energia e estará interligado ao sistema nacional. A capacidade de produção é suficiente para atender a uma cidade de aproximadamente 50 mil habitantes. "

O empreendimento é de R$ 140 milhões de reais e a empresa terá a concessão de 20 anos para exploração, mas esse prazo poderá ser prorrogado pelo governo federal. No total serão instaladas 17 torres de 120 metros de altura (corresponde a um prédio de 40 andares). A previsão inicial era de que o parque entraria em operação em dezembro deste ano, porém a data foi prorrogada para junho de 2010.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, defende a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os projetos de geração de energia eólica realizados no país.

Bueno, que preside o Fórum Nacional de Secretários de Energia, se mostrou entusiasta do potencial de geração de energia por ventos. “É uma fonte de energia superimportante e que deveria ter leilões todo ano. Os problemas que existem são de ordem tarifária e tributária”, disse ele, admitindo que um dos maiores entraves é o fato de que se trata de uma energia cara.
Segundo Bueno, a proposta de isenção do IPI, que é um imposto federal, para projetos eólicos poderá ser aceita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Pelo menos foi isso que o (Carlos) Minc disse hoje (ontem), em público”, ressaltou o secretário, que está participando em Natal do Fórum Nacional eólico, que acaba hoje.

O Rio já zerou a alíquota do ICMS sobre equipamentos tanto importados como nacionais que vierem a ser produzidos no país. Outros Estados como o Rio Grande do Norte também farão o mesmo. As estimativas são de que o Brasil tem potencial de gerar 143.000 megawatts (MW )de energia eólica em terra.

O Rio tem dois projeto para geração de energia eólica. Um deles é o da empresa Gargaú Energética, em São Francisco do Itabapoana, que terá capacidade para gerar 28 MW tendo como “combustível” o vento, que vai movimentar 17 aerogeradores. O investimento será de R$ 140 milhões, feito pela empresa Ecopart . O parque eólico de Gargaú ocupa uma área de 500 hectares,em São Francisco do Itabapoana a cerca de 50 quilômetros de Campos .


CERTIFICADO DIGITAL - RÁPIDO, FÁCIL E SEGURO É CDL!