Brasil e argentina vão rever pendências nas exportações

Brasil e Argentina anunciaram ontem que vão rever a lista de produtos do comércio bilateral que hoje estão sujeitos às chamadas Licenças Não Automáticas (LNAs), um mecanismo que aumenta a burocracia para que as mercadorias entrem no país vizinho.


05/02/2010 00h00

A ideia é tentar reduzir a quantidade de mercadorias que, hoje, demoram até sessenta dias, como determina a Organização Mundial do Comércio, ou até mais para desembarcar no país vizinho por causa das LNAs.As autorizações - que chegaram a afetar cerca de 400 de um total de três mil produtos brasileiros exportados para a Argentina - provocaram, no ano passado, uma crise comercial entre os dois países.

De um lado, exportadores brasileiros se queixaram que calçados de inverno só puderam desembarcar na Argentina seis meses depois, no verão, e que caminhões com produtos têxtil também ficaram parados além do prazo, na fronteira, esperando autorização para entrar na Argentina. Do outro, a Argentina criticou a decisão do Brasil de exigir as LNAs para produtos perecíveis, como frutas, além de trigo.

"Queremos identificar a lista de produtos que podem sair da exigência da LNA", disse o secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho.Para o secretário de comércio exterior do Ministério, Welber Barral, a adoção das licenças gera "imprevisibilidade" no comércio bilateral, mas destacou que o Brasil realmente só vai eliminá-la "se houver reciprocidade".


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