Cinco processos fundamentais na gestão de estoque

Gerenciar bem os estoques é fundamental para a eficiência de toda empresa do setor supermercadista.


15/05/2018 15h22

Um ponto básico mas desafiador é comprar e vender os produtos no momento correto. “Infelizmente, há muitas empresas focando apenas no monitoramento da receita em curto prazo, sem olhar para o comportamento dos estoques e o seu prazo de pagamento.

Aí mora a maior armadilha de uma deficitária gestão de estoque”, analisa Pedro Ribeiro, sócio fundador da Peers Consulting. O especialista explica que uma boa gestão de estoque demanda um controle adequado sobre cinco processos. São eles:

Inventário: Nesta etapa o varejista deve garantir a correspondência daquilo que tem fisicamente no estoque com o registrado no sistema. Isso porque o abastecimento, a distribuição e a precificação dos produtos são realizados com base no volume de estoque disponível, consultado via sistema;

Cadastro: Incorreções de cadastro podem gerar avaliações equivocadas sobre a existência de produtos, bem como sobre o volume disponível;

Distribuição: Alocação indevida de volumes entre os pontos de venda de um varejista pode gerar acúmulo de estoque em algumas unidades e falta de estoque em outras. Esse desbalanceamento deve ser evitado;

Performance de venda: Monitoramento adequado da performance de venda permite uma resposta mais ágil do varejista na correção de preços e no abastecimento, a fim de promover a melhor performance do estoque;

Definição de sortimento: Contar com sortimento de produtos inadequados para o perfil de consumo do público alvo da loja pode gerar estoque parado, em razão da baixa performance de vendas. Problemas no mix deve ser corrigidos com agilidade;

Pedro Ribeiro, sócio da Peers Consulting, comenta que todos esses processos citados abrem um leque de indicadores que, impreterivelmente, devem ser monitorados na gestão de estoques. “A correta implantação de indicadores proporciona à empresa muito mais do que apenas apurar resultados. A cultura de mensuração mostra com assertividade as etapas que escondem os erros, onde estão os desperdícios, os gargalos e os excessos”, afirma o especialista.

Segundo ele, Indicadores com giro de estoque, cobertura de estoque, overstock, perda de inventário, aging e ruptura podem ajudar a empresa a melhor identificar a qualidade de seu estoque e as correções de rotas que devem ser assumidas, por exemplo, para ajustar o volume de compras de determinado produto ou mesmo de mantê-lo no sortimento dada sua performance comercial e consequente presença onerosa nos estoques.

O sócio da Peers Consulting destaca como algo importante o PMP, que é um indicador que aponta o prazo médio dos pagamentos aos fornecedores realizados ou a realizar, de acordo com o prazo de vencimento. Em geral, é calculado considerando o aging entre o recebimento da mercadoria e o vencimento do boleto, de forma proporcional ao valor para cálculo da média geral. “Para o varejista é crucial que a venda do produto ocorra antes da necessidade de pagá-lo ao fornecedor, isso porque não gera a necessidade de captação de recursos para esta finalidade”, lembra Pedro Ribeiro.

Fonte: Portal SM


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