Vendas no cartão já geraram problemas para 29% dos comerciantes e prestadores de serviços, mostra estudo do SPC Brasil

As principais queixas, segundo os empresários ouvidos, são cobranças indevidas (11,1%) e pagamentos não creditados após a transação da venda (9,2%).


23/11/2016 15h55

Três em cada dez (29,0%) comerciantes e prestadores de serviços já enfrentaram algum tipo de problema ao realizarem vendas nos cartões de crédito e débito, vale alimentação ou por meio de pagamentos online. A constatação é de um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nas 27 capitais e no interior do país. As principais queixas, segundo os empresários ouvidos, são cobranças indevidas (11,1%) e pagamentos não creditados após a transação da venda (9,2%).

Segundo a pesquisa, vender no cartão é uma realidade para a ampla maioria dos varejistas: sete em cada dez empresários já oferecem aos seus clientes a possibilidade de pagar no cartão de crédito (72,3%) e no débito (70,1%). Apesar da consolidação dos meios eletrônicos de pagamentos entre os empresários do varejo, 28,7% desses empresários não realizam qualquer controle ou mecanismo de conciliação de vendas feitas no cartão. A conciliação de cartões, consiste, basicamente, em verificar se o valor recebido pela venda a débito ou crédito corresponde ao valor correto (descontando as taxas) a ser repassado pela operadora. Ela permite, por exemplo, saber se as taxas cobradas pelo uso desses meios de pagamento estão corretas.

Entre quem faz conferência das vendas, 66,7% ainda é de modo manual

Segundo a pesquisa, 66,7% dos comerciantes e prestadores de serviços que não fazem conciliação bancária se veem em desvantagem por não adotar esse tipo de controle interno em suas empresas, principalmente por não saberem o quanto recebem com cada meio de pagamento (22,0%) e estarem expostos a fraudes das operadoras e de vendedores mal intencionados, que podem simular vendas para depois cancelá-las (13,6%).

Outros riscos sentidos por esses empresários são perda de dinheiro em virtude de pagamentos não realizados pelas operadoras (12,5%), cobranças de taxas maiores do que as acordadas com as operadoras (12,1%), impossibilidade de acompanhar o quanto custa manter as maquininhas de cartão (12,0%) além de cobranças indevidas, débito duplicado ou cobrança por uso de tecnologia que não foi contratada pelo estabelecimento (10,7%).


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