6 atitudes que levam à inadimplência!

Listamos os grandes vilões da organização financeira e mostramos como combater cada um!


26/09/2016 10h46

A crise está aí, assombrando as finanças dos brasileiros. Inflação alta, poder de compra reduzido e altos índices de desemprego. Neste cenário, a queda na renda, aliada a falta de controle dos gastos, pode acabar na inadimplência, algo que prejudica o estado emocional da pessoa endividada. Segundo estudo do SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com inadimplentes, alguns dos principais impactos do endividamento no âmbito pessoal são irritação (47,2%), mau humor (45,8%), pouca vontade de sair e socializar com outras pessoas (42,2%), dificuldade para dormir (39,7%), perda de apetite (24,9%), aumento do apetite (21,4%) e vontade fora do normal de dormir (20,6%).

Para evitar a inadimplência e ficar livre desses sentimentos, é preciso, antes de tudo, perder alguns hábitos que te levam à desorganização financeira. Veja aqui quais são essas atitudes prejudiciais e como combatê-las!

Desorganização das despesas

39,7% dos entrevistados em situação de inadimplência afirmaram não fazer um planejamento financeiro mensal e não saber exatamente quanto têm para gastar do orçamento. Tais atitudes são verdadeiros estopins do descontrole e consequente inadimplência. Organizar-se para manter a saúde das suas finanças é algo imprescindível esteja o país vivendo uma crise ou não.

Para se organizar e evitar a inadimplência, o primeiro passo é anotar todos os seus rendimentos. Depois, liste seus gastos e despesas, todos os meses. Por fim, coloque os gastos em grupos para que você possa visualizar com mais clareza onde você mais gasta. Dessa forma, poderá saber de antemão em quais meses possuirá gastos maiores, conseguindo se planejar de acordo. Nosso Simulador Diagnóstico Financeiro ajuda neste processo de listar gastos e despesas e se organizar!

Gastar mais do que a sua renda permite

Ao listar seus gastos, aproveite para descobrir o quanto do seu dinheiro vai para supérfluos, ou seja, itens menos necessários. Será que você está gastando mais do que sua renda permite? Organizando-se financeiramente conseguirá ter essa informação e, com ela, descobrir o que cortar para que sobre um dinheirinho no fim do mês. Tenha em mente que se organizando pode comprar o que deseja e realizar sonhos, o que é prejudicial é querer viver o dia a dia como se ganhasse o dobro do que de fato ganha. “Usar o cheque especial e os limites do cartão de crédito com frequência, não saber exatamente quanto ganha e fazer compras de forma não planejada são hábitos comuns que, rapidamente, levam ao descontrole das despesas, ao endividamento e consequente inadimplência”, explica José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz.

Impulsividade e descontrole

Segundo a pesquisa, um terço dos brasileiros em situação de inadimplência demonstra comportamentos relacionados à impulsividade e ao descontrole financeiro em relação ao consumo de produtos e serviços (33,5%). Além de se deixarem dominar pelos próprios desejos de consumo, muitos inadimplentes tendem a gastar além da conta em determinadas situações: 38% dizem que às vezes perdem a noção do quanto podem gastar em momentos de lazer, por exemplo, extrapolando o orçamento. Segundo dados do Programa para Compradores Compulsivos do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Pro-Amiti), coordenado pela psicóloga Tatiana Filomensky, características de quem compra por impulso incluem:

  • Aumento progressivo do volume de compras
  • Tentativas frustradas de reduzir ou controlar as compras
  • Comprar para lidar com a angústia ou outra emoção negativa
  • Mentiras para encobrir o descontrole com compras
  • Comprar sem necessidade quando se está feliz e/ou motivado
  • Brigas em caso por causa de compras em excesso
  • Problemas financeiros causados por compras

Observe que os comportamentos não são estranhos à muita gente. Mentir sobre o valor de algo, falando que pagou mais barato; esconder compras do parceiro ou parceira; ir ao shopping e dizer a si mesmo que não gastará, mas sair de lá com “uma coisinha”; ficar no vermelho, com dificuldades para pagar as contas, porque gastou mais do que podia. Tais atitudes são protagonistas no descontrole financeiro e consequente inadimplência.

O que fazer para resistir? É preciso evitar situações e facilitadores que contribuem para o descontrole. E, junto a isso, é importante trazer novos significados e sentidos ao ato de comprar, fazendo com que ele deixe de ser emocional. Veja dicas práticas:

  • Fuja dos chamados “gatilhos”, ou seja, locais ou situações que o levam ao descontrole, como por exemplo sites de compras, shoppings, etc. Prefira passar o tempo e se distrair de outro jeito, passeando em lugares mais baratos, sem muitas opções para você consumir;
  • Evite alguns facilitadores do gasto excessivo, como cartão de crédito e compras parceladas;
  • Condicione-se a, sempre que for comprar algo, perguntar a si mesmo: eu realmente preciso disso? Esse gasto compensará o estresse de não ter dinheiro no fim do mês?
  • Avalie de onde vem essa vontade de comprar. Ansiedade? Tristeza? Tédio? Procure aliviar tal sentimento com outra atividade que não as compras. Pode ser exercício, um livro, filme, um bate-papo com amigos;
  • Peça ajuda. Ao sair com pessoas próximas, diga “não posso gastar” ou “não posso gastar mais do que x”, pedindo que o amigo te ajude a se manter na linha;
  • Evite ir às compras com pessoas que compram muito e possam te incentivar a gastar mais;
  • Comece a se organizar financeiramente! Tal atitude colabora para que você se sinta mais ciente da sua realidade e responsável por ações que comprometerão suas finanças;
  • Tenha metas a curto, médio e longo prazo. A ideia de precisar juntar dinheiro para a realização de sonhos contribui para que você resista aos gastos por impulso.

Não planejar as compras

“Muitas pessoas não entendem que o planejamento para as compras e a pesquisa de preços, são hábitos simples que podem fazer grande diferença ao fim do mês, contribuindo para se evitar a inadimplência”, diz Vignoli. Toda compra deve ser planejada! Veja algumas atitudes para se planejar melhor:

  • Pesquise preços, substitua produtos por outros mais baratos no supermercado e evite desperdício;
  • Antes de ir às compras, liste o que precisa, não levando para casa nada além do que estipulado;
  • Procure pagar suas contas à vista, evitando possíveis juros e facilitando seu controle financeiro;
  • Anote seus gastos e acompanhe de perto cada saída de dinheiro.

Não possuir uma reserva financeira

“Separar parte da renda para constituir uma reserva de recursos é imprescindível a todos os que possuem sonhos a realizar. E vale sempre lembrar que isso independe da faixa de renda: qualquer um pode poupar, de acordo com a própria realidade financeira”, diz Vignoli. O que fará a diferença neste hábito de economizar é a disciplina para guardar todo mês. E lembre-se que ter um dinheiro guardado não serve apenas para a realização de sonhos, mas também para salvá-lo da inadimplência frente um imprevisto como perda de emprego, problemas de saúde, etc. “O ideal é possuir uma reserva para emergências e, em paralelo, ter um investimento que tem uma razão específica de existir, por exemplo, uma poupança para fazer uma viagem”, explica o educador financeiro.

Fuja das compras parceladas

Evite parcelar suas compras, deixe o crédito para compras de valores maiores. Além disto, fique atento ao número de compras parceladas, mesmo que de valores menores, pois podem gerar grandes montantes financeiros no final do mês. “É preciso paciência e organização. Se não possui dinheiro, não recorra a ‘milagres’. Aguarde o momento certo de comprar”, diz Vignoli.

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